A origem de dez palavras comuns do inglês
Se você acompanha nossos posts aqui no nosso blog, já sabe que aprender inglês não é só útil para o trabalho ou para os estudos: é também uma forma de conhecer o mundo, viajar entre culturas, explorar séculos e séculos de histórias. Praticamente uma máquina do tempo, né? E sem a parte de viajar na velocidade da luz, o que pode ser uma vantagem a mais para quem não é muito fã de esportes radicais.
E sem precisar de carros retrô.
Na verdade, cada palavra carrega consigo um pouquinho de história. Seja por sua origem curiosa ou pelas transformações que passou ao longo dos séculos, cada expressão tem algo a contar sobre o idioma ao qual pertence. Isso acontece porque palavras surgem de outras palavras: toda língua se reinventa, muda e se transforma o tempo todo. Para provar isso, pegamos essa lista da nossa irmã, a EF, com as 100 palavras mais usadas do idioma inglês, e escolhemos algumas delas para investigar sua etimologia, ou seja, a história de origem daquela palavra. Vamos fazer uma viagem ao passado?
I
Nada mais essencial do que aprender a falar sobre si mesmo, né? O I vem de “ic”, versão inglesa de “ek”, que veio da língua protogermânica. Esse idioma é tão antigo que deu origem a muitas outras línguas modernas, como o holandês, o sueco e, é claro, o alemão. No século 13, o I passou a ser grafado em maiúscula para que não fosse confundido com outras letras ou números, como o 1 e o j. A moda pegou!
You
No Inglês Antigo, falava-se “eow”, embora também fosse gravado como “ye”, que deu origem à palavra we (nós). No século 12, o francês se espalhou pela Inglaterra, dando uma sonoridade mais parecida com o “vous” francês. Por séculos, uma versão mais respeitosa do you existiu: era o thou, que pode ser encontrado em muitos textos do século 16 e 17, como as peças de Shakespeare.
Love
Ah, o amor… o Inglês Antigo tinha a palavra “lufu”, que já significava boa parte do que representa a sua versão moderna: atração, afeição, amizade. Outras expressões relacionadas, como fall in love e to be in love (se apaixonar, estar apaixonado(a)), só surgiram no século 15.
Yes
No Inglês Antigo, existia a expressão “gise” ou “gese”, que significava “que seja!”. Provavelmente, o yes é uma versão mais moderna da expressão. Já yeah, bem mais despojada, apareceu pela primeira vez em 1863.
No
É uma evolução da expressão “na”, que no Inglês Antigo significava “jamais, de jeito nenhum”. Sua versão mais descolada, o nah, surgiu nos Estados Unidos em 1920. Nope, um jeito mais descontraído de dizer não em inglês, que é muito usado atualmente, é de 1888.
Happy
Olha só que palavra interessante! No século 14, surgiu como uma derivação inglesa de “hap”, que significa “sorte” no Nórdico Antigo. Quando surgiu, significava algo como “sortudo”, “próspero”, e só ganhou sentido de “felicidade” no fim do mesmo século. Muitas palavras europeias associadas a happy significam “sorte” e, no gaélico, também significa “sábio”.
Very
Quando a expressão nasceu, em uma mistura de francês e inglês, seu significado era “real, verdadeiro, genuíno”, ou também “verdade, justo, sincero”. A palavra só viria a significar quantidade na metade do século 15.
One
Essa pequena e muito útil palavrinha tem origens nórdicas, germânicas e também do Inglês Antigo, significando “único”. A palavra alone tem raízes similares.
People
Essa tem origem bem latina! Veio do latim “populus”, assim como “povo”, em português, ou “pueblo”, em espanhol. A versão inglesa da palavra surgiu no século 13 para definir uma multidão, um ajuntamento de pessoas.
Time
Dentro da origem dessa palavra muito útil para quem quer saber as horas, está o prefixo protoindo-europeu “da”, do verbo “dividir”. Ou seja, sempre precisamos dividir o tempo em algumas porções menores para entendê-lo melhor. Também tem origem no Inglês Antigo, com a expressão “getimian”, que significava “acontecer”. Tudo a ver, né?
E aí, gostou de aprender um pouco mais sobre essas palavras tão usadas no seu dia a dia? Você gostaria de saber mais origens de palavras em inglês? Quais? Conta pra gente aqui nos comentários!
Escrito por Cláudia Fusco.