As principais diferenças entre português e inglês


É claro que você sabe que português e inglês são idiomas diferentes, mas já parou para pensar nas principais diferenças entre essas línguas? Ter a consciência dos principais pontos que divergem pode ajudar você a aprender inglês com mais facilidade, então, vamos a eles?

Alfabeto

Nosso alfabeto é praticamente igual, mas eles realmente usam as letras K, W e Y em palavras comuns, ao contrário do português, que mantém essas letras em estrangeirismos e nomes próprios. Além disso, o inglês não tem, originalmente, nem acentos nem o ç ou trema (que nós, agora, também não temos mais). Saiba mais sobre o uso do alfabeto em inglês aqui.

Pronúncia

Nossa pronúncia é silabada, reproduzimos as palavras por sua separação silábica que, invariavelmente, terminam com uma vogal. A pronúncia em inglês não é assim, e isso pode causar um certo estranhamento no começo.

É perfeitamente comum uma palavra em inglês terminar a pronúncia com uma consoante (tente pronunciar “head” sem colocar um “i” ou um “e” depois do “d” no final!). Aliás, brasileiros também têm sons de vogais no começo de todas as palavras e, em inglês, nem sempre temos: “school” é um belo exemplo, o “s” tem som só de “s” mesmo.

No fim das palavras, faz toda diferença o som de N ou de M. Fica bem claro com a dupla “sum” (soma) e “sun” (sol) – são palavras com pronúncias e significados totalmente diferentes.

Outra questão a pontuar é a diferença de palavras que soam similares, mas têm a pronúncia de vogal longa ou curta, por exemplo: rich (“i” como vogal curta) x reach (ea com som de i como vogal longa), bitch (“i” como vogal curta) x beach (ea com som de i como vogal longa).

Uma boa forma de perceber mais a musicalidade e o tipo de pronúncia do inglês é se cercar do idioma, está bem? Músicas, seriados, prática com colegas, filmes… Ouça bastante e tente imitar! Veja aqui dicas para treinar pronúncia em inglês.

Uso de verbos

A maioria dos tempos verbais é igual. Aliás, há até menos variáveis na maioria dos casos. Porém, o problema se mostra quando é algo que não temos:

  • Verbos auxiliares: as perguntas em inglês não são apenas delimitadas por entonação, mas também pela construção de um verbo auxiliar antes do sujeito – e nós, no Brasil, não temos verbos auxiliares. O mesmo vale para as negativas – elas se formam com os auxiliares, não apenas com a palavra não. Ex.: She likes ice cream. | Negativa: She doesn’t like ice cream. | Pergunta: Does she like ice cream?

  • Present perfect: este tempo verbal é um dos poucos que não tem equivalente em português, e um dos motivos pelos quais a gente recomenda NUNCA traduzir – afinal, causa confusão. Ele se refere a algo que começou no passado e continua até hoje, nem que seja em forma de influência. Veja tudo sobre o presente perfect.

  • Uso de “ing”: nem todo verbo em inglês pode ser acompanhado de “ing” (nosso “ndo”, o gerúndio). Porque algumas ações são pontuais – alguns exemplos são “know”, “love”, “understand”.

  • Sempre tem sujeito em inglês, o verbo nunca está sozinho. Repare o caso de “choveu” em inglês: it rained.

Ordem das palavras

A estrutura básica das frases é muito similar, só que gente faz uma mistureba e se entende. Inglês nem sempre é tão flexível com a ordem das palavras. Advérbios, por exemplo, têm lugares fixos nas frases: no começo, no fim, antes do verbo de ação ou após o verbo to be. E só. Veja aqui a ordem dos advérbios aplica para entender melhor, se precisar.

E quando falamos de adjetivos, a coisa fica ainda mais diferente: eles vêm ANTES das palavras – a casa bonita vira beautiful house. E isso é regra, não estilo, está bem?

Gêneros

A maioria dos nomes de coisas (substantivos) e das qualificações (adjetivos) em inglês não têm gênero (feminino ou masculino), ou seja, vale tanto para homem, quanto para mulher.
Exemplos de substantivos: teacher (professor/a), police officer (policial), pilot (piloto/a), doctor (médico/a), lawyer (advogado/a).
Exemplos de adjetivos: intelligent (inteligente), tall (alto/a), fast (rápido/a), cheap (barato/a), absurd (absurdo/a).

Adjetivos

A gente já comentou duas coisas de adjetivos que divergem do português: eles NÃO têm gênero (feminino ou masculino) e, se acompanham o substantivo, precisam estar na frente dele (yellow flower, por exemplo, é flor amarela).
Vamos um passo além. Adjetivos não apenas não têm gênero, como não flexionam também entre plural e singular: one nice place, two nice places.

Pronomes possessivos

Aqui no Brasil, quase tudo que não é “meu” vira “seu”, né? Se é dele, “seu livro”. Se é dela, “seu caderno”. Se é de “você”, é “seu” também. Em inglês, a regra é clara: “your” é só de “you”. “His” para o que for de “he”, e “her” para o que for de “she”:
She is taking her bike. He is talking with his friend. You got your car right there.


Percebeu as diferenças entre os idiomas? É importante ter consciência de que as línguas são diferentes até para interiorizar um conselho que a gente sempre dá, aqui e nas nossas redes sociais – não fique traduzindo, tente pensar em inglês, isso ajuda você a aprender muito mais rápido.

Tem mais alguma diferença bacana para falar? Comente aqui embaixo <3

Escrito por Vanessa Spirandeo.