Afinal, “y” é vogal ou consoante?


É só aprender o alfabeto em inglês para pintar a dúvida: o que é o “y”? Afinal, “y” tem som de vogal, cara de vogal, uso de vogal… mas é aprendida como consoante. Enquanto, no português, isso é bem definido, especialmente porque não usamos tanto essa letra e aceitamos a definição de fora, o inglês tem algumas questões com o “y”. Ma,s para entender o que essa letrinha é de fato, temos que entender o que é vogal e consoante.

A definição do dicionário Oxford não é das mais simples. Enquanto vogais são definidas como “um discurso vocal […] com configuração aberta do trato vocal, com vibrações de cordas vocais, sem fricção”, a consoante é um “som básico em que parte da respiração é obstruída”. O Merriam-Webster deixa as coisas mais diretas: vogais são sons feitos quando a língua não toca seus dentes ou lábios, enquanto as consoantes causam, sim, essa “quebra” no som.

Tudo parece muito teórico, mas faça o teste: tente falar uma vogal em voz alta por um tempinho. Dá pra fazer, né? O som flui, sai. Por outro lado, se você tentar falar “p” muitas vezes, provavelmente vai sair “pêêêê” (ou seja, você só vai repetir a vogal “e”) ou “p-p-p-p”, truncado. Nos dois casos, falando em voz alta, é possível que as pessoas olhem estranho para você. Mas pense pelo lado positivo: você está aprendendo!

O “y” segue essa regrinha. Às vezes, é um som fluido, como em “myth” ou “query”; em outro momento, é uma “quebra de ar” na palavra, como em “beyond”, intercalando duas vogais. De qualquer forma, o “y” pode ser considerado tanto vogal quanto consoante, e frequentemente assume a mesma função/som que o “i”. Porém, como é uma letra que representa bem essa quebra na respiração e tem natureza fluida, é considerada consoante para boa parte dos estudiosos essa é a informação que ajuda você com regras gramaticais. Até hoje, isso não é unanimidade entre a comunidade pesquisadora. Os linguistas piram!

E aí, você conhece muitas palavras com “y”? Quais delas você tem mais dificuldade em escrever ou falar? Conte pra gente!

Escrito por Cláudia Fusco.